As insolvências a nível global poderão aumentar até 6% em 2025, de acordo com um estudo recente da Crédito y Caución. Este aumento é atribuído aos efeitos da guerra comercial, especialmente após o anúncio de novas tarifas pela administração norte-americana.
Espera-se que estas tarifas mais elevadas resultem numa inflação acrescida e num adiamento da flexibilização monetária, fatores que representam um risco significativo para o comportamento dos incumprimentos.
Inicialmente, previa-se uma estabilização das insolvências em 2025, após um aumento de 19% em 2024, impulsionado por condições económicas adversas, como elevados custos de produção, taxas de juro mais altas e a reversão de medidas de apoio governamental implementadas durante a pandemia. Contudo, os novos riscos decorrentes da guerra comercial podem inverter esta tendência.
Na União Europeia, as insolvências poderão crescer entre 1% e 5% este ano, dependendo do impacto das consequências da guerra comercial, incluindo preços mais altos, aumento da inflação, queda da procura e maior risco de crédito. A curto prazo, as empresas podem enfrentar um acesso mais restritivo ao crédito devido à atual incerteza económica.
Inquéritos a bancos nos Estados Unidos e na Zona Euro revelaram um endurecimento modesto dos critérios de concessão de crédito no quarto trimestre de 2024, atribuído a perspetivas económicas menos favoráveis ou mais incertas e a uma menor tolerância ao risco.
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