De acordo com o Barómetro de Práticas de Pagamento de 2024, elaborado pela Crédito y Caución, 70% das empresas eslovacas viram agravar-se o comportamento de pagamento dos seus clientes.
De acordo com o Barómetro de Práticas de Pagamento 2024, elaborado pela Crédito y Caución, as empresas eslovacas estão a contar com o crédito comercial como mais um elemento para melhorar a sua oferta comercial. Neste mercado, 64% das vendas B2B são realizadas a crédito e 73% das empresas eslovacas estão a alargar os prazos de pagamento aos seus clientes B2B, que se situam numa média de 62 dias a partir da faturação.
Neste contexto de flexibilização das políticas de pagamento, o estudo destaca uma deterioração significativa do comportamento de pagamento: 70% das empresas eslovacas viram a conformidade dos seus clientes agravar-se. Cerca de 84% das faturas são pagas fora do prazo, com um atraso médio de três meses a contar da data de vencimento, e mais 5% não são pagas. Na Eslováquia, apenas 11% das faturas são pagas dentro do prazo acordado e 40% das empresas respondem a este aumento do risco de crédito dos seus clientes, atrasando os seus próprios pagamentos a fornecedores, o que gera um efeito dominó em praticamente todos os setores de atividade.
A tendência negativa do risco de crédito dos clientes manifesta-se, ainda, num agravamento do prazo médio de cobrança, situação que afeta 54% das empresas. Isto tem um potencial impacto na saúde financeira e no desempenho das empresas, que estão a implementar medidas proativas para melhorarem os períodos médios de cobrança. Entre essas medidas incluem-se uma resolução mais rápida dos litígios comerciais e a procura de financiamento de curto prazo para aliviar os problemas de fluxo de caixa. Muitas empresas eslovacas recorrem ao crédito comercial como fonte alternativa aos empréstimos bancários. Alguns setores, como o dos bens de consumo duradouros, são particularmente ativos no apoio à gestão do risco de crédito através de uma companhia de seguros, em detrimento de uma gestão interna.
As empresas eslovacas estão muito preocupadas com as restrições financeiras, tanto a curto como a longo prazo. Isto inclui questões como um fluxo de caixa insuficiente, uma política monetária restritiva e a falta de capital, devido a dificuldades no acesso ao financiamento. Outra grande preocupação é a evolução da economia nacional, com fraca procura devido ao impacto da elevada inflação no orçamento das famílias. Além disso, receia-se que a economia eslovaca, liderada pelas exportações, venha a sofrer devido à fraqueza persistente dos seus mercados externos.
O potencial impacto dos riscos geopolíticos é outra clara preocupação apontada pelas empresas eslovacas de todos os setores. A construção também expressa a sua preocupação com desafios como processos desatualizados, capacidade de produção insuficiente e interrupções na cadeia de abastecimento. As empresas de bens de consumo duradouros apontam, ainda, as suas dificuldades para expandir a base de clientes, bem como a ineficácia dos seus esforços de vendas. Estão igualmente preocupadas com as questões ambientais e de sustentabilidade, incluindo o impacto das novas regulamentações nesta matéria.
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