De acordo com o mais recente Barómetro de Práticas de Pagamento, elaborado pela Crédito y Caución, 53% das faturas B2B estão em atraso e 8% acabam por não ser pagas.
A liquidez dos clientes está a tornar-se uma das maiores preocupações para as empresas da Europa Central e Oriental.
Os dados indicam uma tendência preocupante: 54% das empresas esperam um aumento nas insolvências dos seus clientes nos próximos meses. Esta perceção leva muitas a adotar estratégias mais prudentes: apenas 45% das vendas são realizadas a crédito, e muitas empresas mantiveram as suas condições de pagamento inalteradas para evitar tensões adicionais no fluxo de caixa.
Entre os principais fatores para os atrasos estão as restrições ao fluxo de caixa dos próprios clientes e a instabilidade económica que afeta a região.
Estratégias financeiras e de mitigação de risco
O estudo, baseado em empresas da Bulgária, Hungria, Roménia, Eslovénia, República Checa, Polónia, Eslováquia e Turquia, revela que o financiamento assenta principalmente em três pilares:
- Crédito de fornecedores (48%)
- Empréstimos bancários (46%)
- Financiamento de faturas (42%)
Perante o aumento dos riscos, a maioria das empresas opta por uma abordagem combinada de gestão de risco, que inclui provisões internas e soluções externas, como o seguro de crédito.
Problemas adicionais: stocks, margens e sustentabilidade
A pressão sobre a tesouraria agrava-se com a acumulação de stocks e o consequente bloqueio de capital em bens não vendidos ou faturas por liquidar. Ao mesmo tempo, os custos de produção tendem a subir, o que afeta diretamente as margens de lucro.
A crescente exigência de práticas empresariais sustentáveis adiciona outra camada de complexidade, sobretudo para PMEs com flexibilidade financeira reduzida, que enfrentam maiores desafios para manter a sua estabilidade num contexto de regulação mais rigorosa e mutações económicas inesperadas.
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