De acordo com o mais recente Barómetro de Práticas de Pagamento em Itália, elaborado pela Crédito y Caución, as empresas italianas enfrentam um agravamento nos comportamentos de pagamento.
Apenas 38% das vendas B2B foram pagas dentro do prazo acordado, menos três pontos percentuais do que em 2024. Já os não pagamentos atingem 6% das transações comerciais, revelando sinais de pressão financeira no mercado.
Aumentam os atrasos e os motivos
Mais de metade das vendas são pagas com atraso, reflexo de fatores como:
- Aumento dos custos operacionais
- Falta de liquidez
- Incerteza económica generalizada
Apesar do cenário, quase 60% das empresas italianas acreditam que as insolvências permanecerão estáveis nos próximos meses, enquanto as restantes mantêm uma visão mais pessimista ou incerta.
Crédito comercial em destaque
O estudo sublinha que 64% das vendas em Itália são realizadas a crédito, com prazos que variam entre 31 e 90 dias. Neste contexto, 52% das empresas flexibilizaram as suas políticas de crédito para preservar relações comerciais e manter o acesso ao financiamento.
Por outro lado, 48% preveem maior pressão dos fornecedores para acelerar pagamentos e aliviar tensões de tesouraria.
Financiamento e Gestão do Risco
O crédito de fornecedores (53%) e o crédito bancário (52%) são as principais fontes de financiamento das empresas italianas, demonstrando uma dependência equilibrada entre estes dois canais.
No que respeita à gestão de risco, 80% das empresas adotam uma estratégia híbrida, combinando provisões internas com a gestão de crédito terceirizada, garantindo flexibilidade e eficiência.
Olhar para o Futuro
As empresas italianas apontam como principais desafios para os próximos meses:
- Aumento dos custos dos fatores de produção
- Carga regulamentar crescente
- Instabilidade geopolítica, que afeta o comércio e as cadeias de abastecimento
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